Em 2012, eu estava assistindo à série Supernatural e enfrentando uma internet precária. Naquela época, a melhor opção era a Oi Velox, que só cobria os bairros centrais de Divinópolis, onde ainda moro. Para piorar, eu usava um modem 3G da Vivo, com sinal fraco e um pacote de apenas 1GB por mês, que custava cerca de R$ 120 — um valor absurdo para os padrões atuais.Assistir Supernatural era um verdadeiro desafio: eu baixava os episódios nas lan houses e também durante o curso técnico em informática. Optava pelo formato RMVB, que era mais leve e mantinha uma qualidade razoável. Lembro que cada episódio tinha entre 130MB e 180MB, o que permitia carregar até duas temporadas em um único pendrive — mas mesmo assim, o download levava horas.As fontes de download não eram confiáveis. Muitos links estavam quebrados e era preciso vasculhar sites suspeitos para encontrar episódios completos. A oferta de tutoriais sobre como criar um blog era escassa, e a maioria já estava desatualizada. Mesmo assim, com um notebook da Positivo e muita curiosidade, decidi tentar. Criei um blog no Blogspot e comecei a juntar links de outros sites, organizando tudo em um só lugar para facilitar o acesso. Foi um começo simples, com design básico e muitos erros, mas com muito esforço e vontade de aprender.
Naquela época, a melhor opção de internet em Divinópolis era a Oi Velox, que só cobria os bairros centrais. Eu morava fora dessa área e usava um modem 3G da Vivo, com sinal fraco e um pacote mensal de apenas 1GB — que custava cerca de R$ 120. Era tudo o que eu tinha para manter o projeto funcionando. Assistir à série Supernatural e administrar o blog com essa conexão era um desafio constante. Por isso, precisei recorrer às lan houses e ao curso técnico em informática para conseguir baixar os episódios. A limitação de dados era um obstáculo gigante, mas nunca o suficiente para me fazer desistir.
Na época, o formato de vídeo que melhor se encaixava na minha realidade era o RMVB. Ele era compacto, tinha uma qualidade de imagem aceitável e permitia armazenar muitos episódios em um único pendrive. Cada episódio pesava entre 130MB e 180MB, o que tornava possível colocar até duas temporadas completas em um dispositivo de armazenamento simples. Além disso, como eu baixava os episódios em lugares com acesso limitado — como lan houses ou no curso técnico —, precisava de arquivos que fossem rápidos de transferir e leves de armazenar. O RMVB era a melhor solução para isso. Posteriormente, passei a converter arquivos de MP4 para RMVB usando o Atube Catcher, o que levava cerca de uma hora por episódio no meu notebook da Positivo.
Decidi criar uma conta no Blogspot, que hoje conhecemos como Blogger. A plataforma era super intuitiva e, acredite se quiser, tudo era de graça! Tinha várias funcionalidades úteis que funcionavam muito bem, como a "Newsletter" e a seção de "Posts mais vistos". O blog era bem simples, sem um design elaborado; eu usava o tema padrão do Blogger. Naquele momento, ainda não tinha comprado um domínio, pois não sabia se o projeto daria certo.
A maior dificuldade era encontrar tempo e paciência para garimpar os episódios. Comecei a coletar links de outros sites e blogs, muitos dos quais estavam fora do ar. Eu os copiava para um bloco de notas e os disponibilizava no meu blog. Naquela época, eu ainda não tinha uma internet boa o suficiente para fazer upload dos episódios na minha própria conta.
Enquanto eu trabalhava fora, meu irmão, ainda menor de idade, não podia trabalhar, então deixei que ele usasse meu notebook e a internet. Pedi para ele tentar criar um design para o blog e, em menos de um mês, ele conseguiu! O resultado ficou lindo, com várias mudanças, mas sem perder a essência original.
Com muitos erros e acertos, comecei a entender sobre ranqueamento no Google. Comecei a usar palavras-chave nas páginas de download. De maneira astuta, adicionava várias palavras-chave no final das postagens, usando uma fonte de 6px na mesma cor do fundo — branca. Assim, ninguém via, mas o mecanismo de busca do Google captava tudo. Em poucas semanas, o blog estava entre os maiores sites de Supernatural do Brasil. Mas não pense que isso aconteceu rapidamente; foi um processo cheio de erros e acertos, levando cerca de oito meses para finalmente chegar à primeira página do Google!
Comecei a importar os episódios diretamente para minha conta, já que o Mediafire habilitou essa função. Depois de importar, eu renomeava cada arquivo. Fiz isso para todas as temporadas, um por um — seis temporadas, com uma média de 20 episódios cada. Com o tempo, tanto o Mega quanto o Zippyshare também adotaram a funcionalidade de importação. Isso foi excelente, pois passei a ter três opções de download, oferecendo rapidez, acessibilidade e velocidade para quem queria baixar os episódios.
Decidi recrutar algumas pessoas que enviavam mensagens inbox ou comentavam bastante, e não poderia ter feito escolha melhor. Essas pessoas se dedicaram sem esperar nada em troca; elas simplesmente amavam o que faziam. Postavam conteúdos muito interessantes sobre a série, como sinopses de novos episódios, fotos de bastidores, informações sobre a vida pessoal dos atores, vídeos curtos, montagens e brincadeiras para interagir com os seguidores. Foi uma experiência épica, e tenho ótimas lembranças!
Netflix: A plataforma estava muito forte, e a instalação de fibra óptica nas casas proporcionava velocidades de internet impressionantes, atraindo muitos usuários. Google: Como o blog pertencia ao Google, a empresa começou a retirar do ar páginas que disponibilizavam episódios de qualquer série ou filme. Apesar de ter encontrado algumas brechas, chegou um momento em que a plataforma decidiu derrubar o blog de uma vez. Tempo: Eu não tinha mais tempo para dedicar ao blog. Foram 18 meses de pura dedicação, mas a rotina começou a pesar. Mercado Pago: As doações que eu recebia começaram a diminuir, tornando inviável a continuidade do projeto. Conclusão: Nada é em vão; cada experiência traz aprendizado e crescimento!
Em 2012, eu acompanhava a série Supernatural enfrentando uma internet precária. A melhor opção era a Oi Velox, que só funcionava nos bairros centrais de Divinópolis, onde ainda moro. Eu usava um modem 3G da Vivo, com sinal fraco e apenas 1GB por mês — por R$ 120, um valor alto até hoje.Assistir Supernatural era desafiador. Eu baixava os episódios nas lan houses e também durante o curso técnico. Escolhia o formato RMVB, mais leve e com qualidade razoável. Cada episódio tinha entre 130MB e 180MB, e cabiam até duas temporadas em um pendrive — mesmo assim, os downloads levavam horas.As fontes de download eram instáveis. Muitos links quebrados e sites suspeitos dificultavam o acesso. Quase não havia tutoriais sobre como criar blogs, e os que existiam já estavam desatualizados.Mesmo assim, com um notebook da Positivo e muita curiosidade, criei um blog no Blogspot. Passei a reunir links de outros sites, organizando tudo em um só lugar. Comecei com um visual simples e muitos erros, mas com esforço e vontade de aprender.
Naquela época, a melhor opção de internet em Divinópolis era a Oi Velox, que só cobria os bairros centrais. Eu morava fora dessa área e usava um modem 3G da Vivo, com sinal fraco e um pacote mensal de apenas 1GB — que custava cerca de R$ 120. Era tudo o que eu tinha para manter o projeto funcionando. Assistir à série Supernatural e administrar o blog com essa conexão era um desafio constante. Por isso, precisei recorrer às lan houses e ao curso técnico em informática para conseguir baixar os episódios. A limitação de dados era um obstáculo gigante, mas nunca o suficiente para me fazer desistir.
Na época, o formato de vídeo que melhor se encaixava na minha realidade era o RMVB. Ele era compacto, tinha uma qualidade de imagem aceitável e permitia armazenar muitos episódios em um único pendrive. Cada episódio pesava entre 130MB e 180MB, o que tornava possível colocar até duas temporadas completas em um dispositivo de armazenamento simples. Além disso, como eu baixava os episódios em lugares com acesso limitado — como lan houses ou no curso técnico —, precisava de arquivos que fossem rápidos de transferir e leves de armazenar. O RMVB era a melhor solução para isso. Posteriormente, passei a converter arquivos de MP4 para RMVB usando o Atube Catcher, o que levava cerca de uma hora por episódio no meu notebook da Positivo.
Decidi criar uma conta no Blogspot, que hoje conhecemos como Blogger. A plataforma era super intuitiva e, acredite se quiser, tudo era de graça! Tinha várias funcionalidades úteis que funcionavam muito bem, como a "Newsletter" e a seção de "Posts mais vistos". O blog era bem simples, sem um design elaborado; eu usava o tema padrão do Blogger. Naquele momento, ainda não tinha comprado um domínio, pois não sabia se o projeto daria certo.
A maior dificuldade era encontrar tempo e paciência para garimpar os episódios. Comecei a coletar links de outros sites e blogs, muitos dos quais estavam fora do ar. Eu os copiava para um bloco de notas e os disponibilizava no meu blog. Naquela época, eu ainda não tinha uma internet boa o suficiente para fazer upload dos episódios na minha própria conta.
Enquanto eu trabalhava fora, meu irmão, ainda menor de idade, não podia trabalhar, então deixei que ele usasse meu notebook e a internet. Pedi para ele tentar criar um design para o blog e, em menos de um mês, ele conseguiu! O resultado ficou lindo, com várias mudanças, mas sem perder a essência original.
Com muitos erros e acertos, comecei a entender sobre ranqueamento no Google. Comecei a usar palavras-chave nas páginas de download. De maneira astuta, adicionava várias palavras-chave no final das postagens, usando uma fonte de 6px na mesma cor do fundo — branca. Assim, ninguém via, mas o mecanismo de busca do Google captava tudo. Em poucas semanas, o blog estava entre os maiores sites de Supernatural do Brasil. Mas não pense que isso aconteceu rapidamente; foi um processo cheio de erros e acertos, levando cerca de oito meses para finalmente chegar à primeira página do Google!
Comecei a importar os episódios diretamente para minha conta, já que o Mediafire habilitou essa função. Depois de importar, eu renomeava cada arquivo. Fiz isso para todas as temporadas, um por um — seis temporadas, com uma média de 20 episódios cada. Com o tempo, tanto o Mega quanto o Zippyshare também adotaram a funcionalidade de importação. Isso foi excelente, pois passei a ter três opções de download, oferecendo rapidez, acessibilidade e velocidade para quem queria baixar os episódios.
Decidi recrutar algumas pessoas que enviavam mensagens inbox ou comentavam bastante, e não poderia ter feito escolha melhor. Essas pessoas se dedicaram sem esperar nada em troca; elas simplesmente amavam o que faziam. Postavam conteúdos muito interessantes sobre a série, como sinopses de novos episódios, fotos de bastidores, informações sobre a vida pessoal dos atores, vídeos curtos, montagens e brincadeiras para interagir com os seguidores. Foi uma experiência épica, e tenho ótimas lembranças!
Netflix: A plataforma estava muito forte, e a instalação de fibra óptica nas casas proporcionava velocidades de internet impressionantes, atraindo muitos usuários. Google: Como o blog pertencia ao Google, a empresa começou a retirar do ar páginas que disponibilizavam episódios de qualquer série ou filme. Apesar de ter encontrado algumas brechas, chegou um momento em que a plataforma decidiu derrubar o blog de uma vez. Tempo: Eu não tinha mais tempo para dedicar ao blog. Foram 18 meses de pura dedicação, mas a rotina começou a pesar. Mercado Pago: As doações que eu recebia começaram a diminuir, tornando inviável a continuidade do projeto. Conclusão: Nada é em vão; cada experiência traz aprendizado e crescimento!
"Essas imagens representam não só o projeto, mas o esforço, a curiosidade e a dedicação de um jovem com pouca internet, mas com muita vontade de aprender. São cicatrizes digitais de uma época que moldou minha carreira."
Mesmo sem saber programar, criei e administrei um blog com milhares de acessos.
Testei, falhei e corrigi muitas vezes até o blog ganhar forma.
Sem internet de qualidade, encontrei formas alternativas para manter o projeto.
Mesmo quando os links caíam, eu descobria novas formas de manter os episódios disponíveis.
Os seguidores do blog ajudaram a criar algo maior do que imaginei.